Negócios Digitais    |    LGPD     |    Negócios Convencionais

AFO Advogados

Com anúncio de aumento de quatro tributos, a expectativa da indústria para o ano de 2015, é a pior desde o ano de 2010
Com o argumento de aumentar a receita pública, reequilibrar as contas públicas e reconquistar a confiança da economia, foi anunciado, na última segunda-feira, dia 19 de janeiro de 2015, o aumento de quatro tributos.
O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, anunciou a equiparação de IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) dos cosméticos; o aumento do PIS (Programa de Integração Social) e do COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) sobre a importação; o reestabelecimento da alíquota do IOF (Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros) para as operações de crédito da pessoa física; e o aumento do PIS/COFINS e CIDE (Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico) sobre os combustíveis.
Cosméticos
A equiparação de IPI dos cosméticos visa, nas palavras do Ministro da Fazenda, não um aumento da alíquota, que tem um pequeno efeito arrecadatório; mas fazer com que a tributação seja mais homogênea, a fim de evitar acúmulos em algumas contas.
Com tal aumento, que entra em vigor em maio/2015 e cuja arrecadação acontecerá a partir de junho/2015, visa-se arrecadar R$ 381 milhões, no ano em vigor.
PIS/COFINS
A alíquota do PIS/COFINS sobre a importação, com o fim de corrigir a distorção causada pela retirada do ICMS da base de cálculo das referidas contribuições sociais sobre a importação (segundo recente decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal – STF) e não prejudicar a produção doméstica, passou de 9,25% a 11,75%.
Isso porque, aumentando o preço do produto importado, dá-se competitividade ao setor doméstico; vez que, atualmente, o valor final do PIS/COFINS no produto doméstico acaba sendo maior do que sobre a importação.
E o objetivo do governo, com tal medida, é de arrecadar R$ 694 milhões, neste ano.
IOF
O IOF para as operações de crédito para a pessoa física passou de 1,5% a 3%; mantendo-se a cobrança de 0,38%, que incide na abertura das operações de crédito.
Ou seja, o empréstimo pessoal ficará mais caro e, com tal medida, o governo visa arrecadar o montante de R$ 7,38 bilhões, no ano de 2015.
Combustíveis
No que tange à gasolina, o PIS e o COFINS provocarão um acréscimo de R$ 0,22 por litro. E no tocante ao diesel, o aumento será de R$ 0,15, a partir do mês de fevereiro/2015.
Quanto à CIDE, o aumento só terá validade após 90 (noventa) dias; ocasião em que a COFINS, segundo o Ministro da Fazenda, será reduzida.
Com tal medida, o governo visa arrecadar, em 2015, o valor de R$ 12,18 bilhões.
Com todas as medidas acima descritas, o governo objetiva incrementar R$ 20 (vinte) bilhões na arrecadação do governo, bem como repaginar as condições da economia brasileira, reequilibrando-a e aumentando a confiança dos agentes econômicos.
Em pesquisa feita na primeira quinzena de 2014, segundo o levantamento “Rumos da Indústria Paulista”, da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), contudo, a “expectativa da indústria para o 1º semestre é a pior desde 2010”.
Isso porque, segundo o estudo, as expectativas piores concentram-se no mercado interno: 36,8% das empresas responderam que as vendas domésticas devem cair (30%) ou cair muito (6%); enquanto as exportações devem ser piores para 30,2% delas, com queda (21,9%) ou queda acentuada (8,3%).
Apenas 22,9% das empresas esperam aumento das vendas para o mercado interno, e 0,9% esperam aumento acentuado.
Por isso mesmo, as empresas também não pretendem aumentar o número de funcionários no primeiro semestre de 2015.
O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, entretanto, afirmou que “O aumento de impostos será compatível com o objetivo de elevar a poupança pública nos próximos anos”.
E, no que tange ao aumento da alíquota do PIS/COFINS sobre a importação, inclusive, tal medida visa, justamente, privilegiar o setor doméstico, já que, atualmente, o valor final das referidas contribuições no produto doméstico acaba sendo mais elevada que a da importação.
Assim, não há razão para as empresas, em massa, acreditarem que as vendas domésticas tendem a cair; até mesmo porque, com a medida acima adotada, o governo objetiva dar competividade ao produto doméstico, em relação aos importados.
Ademais, as medidas acima descritas, somando-se à redução de gastos mensais do governo, segundo o Ministro, visam reequilibrar as condições da economia brasileira.
Deste modo, como medida preventiva, as empresas devem reforçar os laços com a sua equipe, a fim de se manter no mercado, vez que, se, por um lado, elas se sentem desestimuladas à atividade produtiva; por outro, o governo precisa arrecadar tributos para exercer as suas funções; desde que, claramente, haja um estímulo à atividade produtiva.
Por: Marcella Gomes, advogada na AFO Advogados Associados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Viviane Lopes Coelho

Advogado, pós-graduanado em Direito do Trabalho e Processo do Trabalho, especializada em relações empresariais.

KALINA KATHYLIN DA SILVA SANTOS

Advogada especializada em relações empresariais no mercado digital;
Suporte ao atendimento Wendell Carvalho e Karina Peloi.

STÉFANY MAGALHÃES NASCIMENTO

Advogada pós-graduanda em Direito Digital e Complaice, especializada em relações empresariais no mercado digital. 

Dra. Luciana Almeida

Advogada pós-graduada em Gestão de Negócios, especialista em Lei Geral de Proteção de Dados, Legal Designer, especializada em relações empresariais no mercado digital.

Viviane Lopes Coelho

Graduada, Controller Jurídico, especializada em relações empresariais no mercado digital.

DRA MARIA CLARA MACEDO DE OLIVEIRA VELOSO

Advogada pós graduanda em Direito Civil, especializada em relações empresariais no mercado digital.

Dra. Maria Eduarda Azevedo Machado

Advogada pós-graduanda em direito empresarial, especializada em relações empresariais no mercado digital. 

Dr. Leandro Sena Braga Lima

Advogado especializado em relações empresariais. 

Dra. Laís Figueira Loureiro Moreira Gamaro

Advogada pós-graduada em Direito Tributário e em Direito e Negócios da Infraestrutura, especializada em relações empresariais no mercado digital.

Dra. Amanda Luiza Tripicchio dos Santos

Advogada com MBA em Direito do Trabalho e Previdenciário, pós-graduada em Direito Previdenciário, pós-graduanda em Direito Civil e Processo Civil, especializada em relações empresariais no mercado digital.

Ligia Maura Dechechi de Oliveira

Graduada, responsável por novos negócios, especializada em relações empresariais no mercado digital.

Dr. GUILHERME GUAZZELI ARNOSTTI

Advogado especializado em relações empresariais.

Dra. Juliane Mattos Grana de Campos

Advogada pós-graduada em Processo Civil, pós-graduanda em Direito Civil e Processo Civil, especializada em relações empresariais.

Dra. Carla Cecília Russomano Fagundes

Advogada Sênior pós-graduada em Direito e relações do trabalho, especializada em relações empresariais no mercado digital. 

DRA. FLÁVIA MARIA
DECHECHI DE OLIVEIRA

Advogada, pós-graduada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas, com MBA em Gestão Estratégica de Serviços pela mesma instituição. Sócia fundadora da AFO Advogados, desenvolvendo inúmeros projetos para formatação do departamento jurídico de empresas, do mercado tradicional e no mercado digital, o que significou a economia de milhões de reais para centenas de empresários e gestores. Criadora do curso Advogando no Digital, responsável pela formação de centenas de advogados que pretendem atender o nicho. É palestrante e desenvolvedora de conteúdo sobre temas relevantes do direito e empreendedorismo.